# Naquele dia, quando estava perdido, encontrou o que mais precisava:
pessoas amigas, clareza de ideias e palavras bondosas. O céu azul e várias
nuvens brancas proporcionavam sentimentos de proteção, sensações de segurança e
paz interior. O movimento do mar era tranquilo e alguns peixes alegravam o
ambiente. Hoje, com as novas imagens positivas, algumas lembranças mudaram de
lugar e o peregrino passa a exaltar confiança, coragem e ousadia.
# Na palma da mão tinha um punhado de sementes prontas para serem
jogadas ao vento. Estava ficando tarde e o sol descia a colina vagarosamente.
Perguntava qual a serventia daquelas sementes quando as valas estavam pobres em
nutrientes. Depois de certo tempo, aparece o velho da colina ao lado do seu
carinhoso e simpático jumento distribuindo pitadas de abóboras recheadas de
tomates vermelhos. Agora, vejo sementes germinadas multiplicando fragrâncias de
otimismo em córregos, montes e colinas.
A noite caia na rua das primeiras descobertas, horas a fio, uma luz
amarela afastava as trevas que teimavam desesperançar os sonhos do menino.
Tempos idos, de palavras repetidas em velhos cadernos, desabrochando a força
que começava exalar no peito sentimentos que dariam o tempero para enfrentar
desafios. Hoje, o homem separa sementes, sopra vontades e traça caminhos,
conduzindo o despertar do amanhã desejável aos seus olhos.
# Estava em cima da grade, desfrutando pensamentos e vozes de
passarinhos. Do lado direito, o capim verde era marcado por passos apressados
e, do lado esquerdo, o chão batido soprava uma poeira fina. Copiosamente chovia
fino, o sol iluminava algumas rosas vermelhas que eram conduzidas para lugares
carentes. O céu azul iluminava mentes de peregrinos sem rumo e o manto branco
sagrado estava sendo repartido com todos que chegavam humildemente com a sua
caçarola.
# A sala estava cheia de quadros coloridos e no topo da janela um
canário do império produzia um belíssimo som; várias penas amarelas marcavam o
assoalho de madeira. No centro, um gato mariscado guardava a chegada do último
dono. Pedras no canto da sala marcavam velhos acontecimentos... Depois de uma
longa e mal dormida noite, o sonho desapareceu e tudo virou uma tela em branco.
# Retirou da parede o último recado e contou a quantidade de pregos
que penduravam as ordens da casa. Percebeu que existia alguma coisa errada,
pegou o balde de recados confusos e estabeleceu novos critérios: tinha que
esperar que o sino tocasse três vezes e, imediatamente, tomar água no cálice de
prata. Depois, saiu para a rua encontrar novos parceiros para as próximas caminhadas.
# As palavras estavam reescritas no antigo caderno e no rodapé de
cada página tinha um desenho da infância. Juntos da cama, dois rádios tocavam
músicas na mesma frequência. O sol brilhava atrás da cortina e o novo recado
informava que a próxima empreitada seria limpar as manchas das camisas erradas.
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